Azeite, uma gordura necessária
Quanto mais gorduras ingerires, mais testosterona o teu corpo produz. A melhor gordura que funciona como fonte para a produção de testosterona, que cientistas argentinos descobriram há cerca de um ano, é o azeite. Foi demonstrado que o azeite faz com que seja absorvido mais colesterol para a produção de testosterona.
Os cientistas, fizeram experiências em ratos machos. Durante 60 dias, foi dado aos ratos 70g de óleo de soja [S], azeite [O], óleo de coco [C] ou óleo de uva [G]. No fim do período de estudo, os cientistas mediram quanta testosterona estava a ser produzida pelos animais. Percebeu-se que o óleo de coco e azeite foram os melhores potenciadores de testosterona.
Os ratos que tinham sido alimentados com azeite na sua alimentação estavam também mais pesados.
Assim foi possível perceber o porquê do sucedido. O azeite e óleo de uva aumentam a atividade das enzimas 3beta-HSD e 17beta-HSD. Estas enzimas estão envolvidas na produção da testosterona. O azeite e o óleo de uva aumentam também a concentração dos antioxidantes corporais, nas células de Leydig, que produzem testosterona. Neste estudo os cientistas foram mais longe e descobriram a relação entre o regime alimentar, a quantidade de colesterol livre nas células de Leydig e os níveis de testosterona.
As células de Leydig fazem testosterona a partir do colesterol. Uma dieta rica em óleo de amendoim ou azeite aparentemente ajuda as células a absorver mais colesterol. As células são também mais competentes na extração do colesterol do seu Ester. Quanto mais colesterol livre existir numa célula de Leydig, e quanto menos colesterol esterificado houver na célula, maior é o rácio de produção de testosterona.
Rico em antioxidante, ele ainda fornece gorduras benéficas à saúde.
Uma pesquisa feita pelo neurocirurgião Fernando Gómez-Pinilla, da Universidade da Califórnia, provou que alimentos ricos em antioxidantes são benéficos ao cérebro.
Os antioxidantes são encontrados em castanhas, amêndoas, lentilha, espinafre e no azeite de oliva extra virgem.
O estudo publicado na Nature Reviews Neuroscience contemplou a avaliação de 160 pesquisas. Após cinco anos de análise, o pesquisador americano constatou que os alimentos que contêm antioxidantes são capazes de estimular e auxiliar o cérebro contra sua degeneração.
Gómez-Pinilla descobriu que, além de fornecer energia ao corpo, existe uma influência positiva entre os componentes moleculares dos nutrientes e os mecanismos que mantêm a função mental do cérebro. Mais uma conclusão do estudo é que dieta, exercícios físicos e o sono têm o potencial de alterar a saúde e a função mental do cérebro.
Isso levanta a possibilidade de que uma dieta equilibrada é uma boa estratégia para aumentar as habilidades cognitivas, protegendo o cérebro contra danos.
Os alimentos ricos em antioxidantes, então, entrariam em cena como fortes aliados na guerra contra o envelhecimento, não só do corpo, como do cérebro. Para o bom funcionamento, o cérebro precisa de muita energia. O processo acaba resultando em resíduos, chamados de radicais livres.
Os radicais livres são responsáveis pelo envelhecimento, provocando aterosclerose e facilitando as mutações celulares, fase inicial do câncer.
Além disso, a massa cinzenta do cérebro é feita, em grande parte, de material oxidável. Segundo o cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração, Daniel Magnoni, os alimentos ricos em antioxidantes atenuam os processos oxidativos, prevenindo a aterosclerose.