Como comer carboidratos e ainda perder peso: amidos resistentes melhoram as bactérias do intestino

Os carboidratos podem ser confusos, especialmente quando certas dietas são projetadas para bani-los. Quase metade de todos os americanos que tentam perder peso estão limitando ativamente a sua ingestão de carboidratos. Mas, de acordo com o Dr. Mark Hyman, se você escolher os carboidratos certos, eles podem mudar o seu microbioma intestinal para melhor, e assim tornar seu corpo mais saudável, mais magro.

 

As frutas, legumes, açúcares, pães e massas são todos carboidratos que fornecem a seu corpo energia para funcionar corretamente. Mas quando você os ingere demasiadamente, o corpo começa a armazenar a maior parte de suas calorias em vez de usá-las (queimar) como energia. Os carboidratos refinados (pães brancos e doces) são absorvidos rapidamente na corrente sanguínea, convertidos em energia, e levados para as células pelo hormônio insulina.

 

Por outro lado, os carboidratos resistentes são enviados diretamente para o intestino grosso. O Dr. Hyman explica que o processo mais lento de digerir esses alimentos melhora o metabolismo do corpo, estabiliza os níveis de açúcar no sangue e aumenta as bactérias intestinais saudáveis. Em última análise, as nossas células são feitas de células microbianas, que são influenciadas por aquilo que comemos. De acordo com o Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável, as bactérias que vivem em nosso trato intestinal prosperam a partir de alimentos coloridos saudáveis, e nos ajudam a lutar contra a obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardíacas, doenças autoimunes, e certas formas de câncer.

 

“Considere o amido resistente como sendo adubo para as suas bactérias intestinais saudáveis (microbioma intestinal), as quais estão profundamente conectadas a quase todas as partes da sua saúde”, Hyman, diretor médico do Centro Clínico de Medicina Funcional de Cleveland, escreveu em um editorial do Huffington Post. “À medida que o amido resistente entra em seu intestino, centenas de espécies de bactérias digerem ou o fermentam. A partir desse processo, esses microscópicos aliados criam muitos compostos benéficos.”

 

Adicione amido resistente à sua dieta

Comer carboidratos complexos em abundância, tais como brócolis, berinjela, abobrinha, feijão verde, bananas, alcachofras, cebola, alho, alho-poró e aspargos, pode ajudar a alimentar as bactérias boas e matar de fome as bactérias más. Para aqueles que não conseguem ficar sem comer batatas, massas e arroz, a conversão do amido através de seu reaquecimento pode ajudar.

 

Em 2015, investigadores apresentaram um método novo, mais saudável para cozinhar arroz que corta a quantidade de absorção de calorias pelo corpo em 50 a 60%, por meio do aumento da concentração de amido resistente. Os investigadores testaram 38 diferentes tipos de arroz – alimento básico para mais da metade da população mundial – e descobriram que quando cozidos com óleo de coco por 40 minutos e, em seguida, refrigerados por 12 horas, o processo aumentava o conteúdo de amido resistente.

 

Esta técnica também pode ser usada para batatas ou massas, por exemplo. Uma vez que o amido esfria imediatamente após seu cozimento, ele começa a agir mais como uma fibra do que um carboidrato refinado, o que impede picos nos níveis de açúcar no sangue. Depois de comer amidos resistentes regularmente, Hyman diz que as boas bactérias do intestino vão se tornando máquinas ideias de processamento de nutrientes no organismo.

 

“Quando suas bactérias prosperam, elas podem replicar, produzindo vitaminas, regulando os seus hormônios, excretando toxinas e criando compostos de cura que mantêm o seu intestino saudável e funcionando corretamente”, escreveu. “Por outro lado, as bactérias maléficas e o crescimento de levedura sobrecarregam o sistema com toxinas que posteriormente provocam inflamação, resistência à insulina, pré-diabetes e, finalmente, o ganho de peso.”

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