Como os ácidos graxos do óleo de peixe lutam contra a obesidade, inflamação e síndrome metabólica
Os ácidos graxos ômega-3 são bem conhecidos por serem benéficos na manutenção da saúde cardiovascular e articular, mas seus efeitos no metabolismo são menos conhecidos. Aqueles contidos em peixes oleosos são mais eficazes, em comparação ao ácido alfa-linolênico (ALA), contido em sementes de chia, sementes de linho e nozes, desde que o ALA só é convertido a uma taxa de 5 a 10% nos principais ácidos graxos ômega-3, ou seja, o DHA e o EPA.
Conforme estudo de revisão indicado abaixo, os ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 oriundos do óleo de peixe (n-3 PUFA) – DHA (ácido docosahexaenoico) e EPA (ácido eicosapentaenoico) – agem de várias maneiras para ajudar a manter a saúde metabólica. Especificamente:
• Reduzem a acumulação de gordura em células de gordura (adipócitos) e aumentam a oxidação de gordura no fígado e músculos através do estímulo de PPAR-alfa, ajudando assim a manter o peso saudável ou reduzir o excesso de peso e obesidade;
• Inibem o crescimento de adipócitos (diferenciação de adipócitos);
• Aumentam a termogênese, por exemplo, a oxidação da gordura em adipócitos, através da estimulação de UCP1;
• Inibem a inflamação do tecido adiposo (impedindo assim a celulite, pois esta inflamação é uma das marcas distintivas da celulite);
• Inibem a inflamação do fígado e a inflamação geral de baixo grau no corpo;
• Ajudam a prevenir a doença hepática gordurosa (ou mesmo reduzi-la com ingestões de 2g/dia por mais de 4 meses);
• Reduzem os triglicerídeos, colesterol VLDL e LDL, e aumentam o “bom colesterol” HDL.
Para se obter resultados máximos, os autores da revisão recomendam de 1 a 2g de EPA e DHA por dia durante 6 meses, uma ingestão que só pode ser alcançada com o consumo diário de óleo de peixe.
Suplementos de DHA e EPA veganos também estão disponíveis, embora em doses mais baixas.