O que acontece quando você come 6000 calorias por dia?

Um grupo de homens saudáveis participou recentemente uma tarefa que algumas pessoas sentiriam inveja: Eles consumiram, para a ciência, 6.000 calorias por dia. Agora, como resultado desse estudo, os cientistas dizem ter uma ideia melhor de por que as pessoas que são obesas também tendem a desenvolver diabetes.

No estudo, seis homens de meia-idade que estavam com peso normal ou apenas ligeiramente acima do peso ofereceram-se para comer o dobro do que normalmente consumiam em um dia, para que pudessem ganhar peso rapidamente. Eles foram confinados em leitos hospitalares para que não fizessem atividade física.

Depois de uma semana comendo 6.200 calorias por dia – com uma dieta rica em carboidratos e gordura que incluía alimentos como hambúrgueres, pizzas e biscoitos – os participantes ganharam cerca de 8 libras (3,5 kg), em média. Todo o peso adicionado era gordura.

O interesse era compreender como a obesidade provoca resistência insulínica, uma condição na qual as células do corpo param de responder ao hormônio insulina. Como a insulina ajuda o açúcar no sangue a entrar no interior das células, a resistência à ela conduz ao acúmulo de açúcar no sangue, podendo causar o diabetes tipo 2.

 

Os cientistas têm uma série de teorias de como a obesidade conduz a resistência à insulina, incluindo o aumento de ácidos graxos no sangue ou a promoção da inflamação. Mas essas alterações podem ocorrer apenas depois de uma pessoa estar obesa há muito tempo.

 

O novo estudo permitiu aos pesquisadores ver o que acontece quando uma pessoa está nos primeiros estágios da obesidade, e a identificar o primeiro passo na resistência à insulina. Neste caso, os homens participantes desenvolveram a resistência depois de apenas dois a três dias.

 

As amostras de urina e tecido gordo dos participantes mostraram que havia um aumento do estresse oxidativo nos seus corpos, o que significa que houve um aumento de compostos tóxicos para as células. Esse estresse oxidativo causou alterações em uma proteína chamada GLUT-4, que normalmente ajuda a colocar o açúcar dentro das células.

 

As mudanças da proteína GLUT4 podem ter prejudicado a capacidade dessa proteína para responder ao hormônio insulina, levando à sua resistência, disseram os pesquisadores.

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