Seu fígado ganhou um novo aliado
A Fosfatidilcolina é um fosfolipídio, um grande constituinte das membranas celulares, geralmente obtido da lecitina de soja. Em alguns contextos, os termos (lecitina e fsfatidilcolina) são por vezes usados como sinônimos, mas o extrato de lecitina consiste de uma mistura de fosfatidilcolina e outros compostos.
Sua principal atuação destaca-se como hepatoprotetora, indicada para a prevenção dos efeitos do álcool e disponíveis para comercialização em concentrações médias de 10% chegando a até 30% (PHOS 3®).
Já nos alimentos, este importante componente das membranas biológicas pode ser obtido a partir de uma variedade de fontes prontamente disponíveis, tais como gema de ovo ou soja a partir do qual eles são mecanicamente ou quimicamente extraídos extraído usando hexano. As principais fontes de lecitina são encontradas na gema do ovo, fígado, lecitina de soja, germe de trigo, e bacon4.
A Fosfatidilcolina possui um papel na manutenção da integridade das membranas celulares e é vital nos processos biológicos básicos. Esses processos são: troca de informações que ocorrem entre o DNA e RNA para as proteínas; a formação da energia celular e comunicação intracelular ou tradução de sinais. Fosfatidilcolina, tem um efeito de fluidez marcado nas membranas celulares. Diminuição da fluidez da membrana celular e desarranjo da integridade da mesma, como também prejuízo no reparo de mecanismos, são associados com várias desordens, inclusive doença de fígado, doenças neurológicas, vários cânceres e morte da célula.
Entretanto, a indicação clínica mais documentada de sucesso da Fosfatidilcolina é na significativa melhora de danos hepáticos. Provavelmente isto se deve ao fígado ser um órgão em constante reprodução celular, e a recuperação destes danos requerer quantidades enormes de novas membranas celulares. Os achados de 8 estudos duplo-cegos randomizados e numerosos outros trabalhos, comprovam de forma consistente os benefícios clínicos, incluindo melhoras enzimáticas e outros indicadores bioquímicos, documentando a melhora e recuperação mais rápida dos pacientes que tomaram Fosfatidilcolina.
Esta é incorporada totalmente nas membranas de células de fígado, como mostrado com a ajuda de marcadores radioativos. Estudos clínicos sugerem que a Fosfatidilcolina é o verdadeiro remédio para as membranas celulares:
a) Reestrutura e estabiliza membranas celulares danificadas
B) Normaliza permeabilidade celular
c) Melhora o metabolismo celular
d) Reativa enzimas ligadas à membrana
e) Estimula a regeneração do Hepatócito, e reduz o risco de formação de litíase biliar
d) Antioxidante de membrana: neutraliza a peroxidação lipídica devido aos radicais livres.
Fosfatidilcolina e Fígado – Proteja seu fígado do Álcool.
Uma velha conhecida do público boemio, a ressaca é um conjunto de sintomas da intoxicação que acontece quando você bebe demais. Para absorver e metabolizar altas quantidades de álcool, o organismo tem que se desdobrar e, assim, acaba sobrecarregando todos os órgãos envolvidos no processo. O fígado é o que mais sofre. É dele o trabalho principal de produzir as enzimas que absorvem o etanol, e mesmo quando você para de beber, a concentração dessas enzimas ainda é alta. Isso gera um desequilíbrio que desorganiza todo o metabolismo. O sistema nervoso, acompanha a crise de abstinência. O resultado geral é dor de cabeça, desidratação, enjôo, diarréia e extremo cansaço. Sintomas que todo mundo que já bebeu além da conta conhece bem.
Já a área médica traduz essa explicação utilizando termos técnico que expliquem os diversos mecanismos da toxidade do Alcool, que vai desde a toxicidade direta de seus subprodutos como o aldeído, até a diminuição da atividade de enzimas importante para o funcionamento hepático.
Por exemplo, uma enzima (fosfatidiletanolamina actividade N-metiltransferase) é muito diminuída, e na falta desta o teor hepático do seu produto, nomeadamente a fosfatidilcolina, um componente chave das membranas celulares, fica comprometido. Outro exemplo, o álcool bloqueia a enzima Metionina adenosiltransferase (MAT) que é responsável pela síntese do S-Adenosil-Metionina: importante antioxidante , causando um importante estresse oxidativo no fígado. A soma destes bloqueios metabólicos pode causar lesão hepática e, possivelmente, desencadear fibrose e posteriormente cirrose. Administração de Fosfatidilcolina melhora a diminuição enzimática induzida pelo álcool e corrige o esgotamento de fosfolipídeos e fosfatidilcolina, podendo deste modo contribuir para a proteção contra a lesão hepática alcoólica.
Um estudo clínico duplo cego avaliou 40 indivíduos do sexo masculino e portadores de esteatose hepática e inflamação ligada ao consumo de álcool. O grupo tratado recebeu 1350mg de fosfatidilcolina (associado com complexo B) por via oral e outro grupo recebeu placebo. Os benefícios da fosfatidilcolina foram evidentes em duas semanas, e no final da oitava semana houve melhora significativa na função bioquímica hepática.
Três estudos controlados subsequentes corroboraram estes achados. Schuller Perez e San Martin concluíram: “Em nosso ponto de vista o uso de Fosfatidilcolina concentrada para o tratamento de hepatite (inflamação) ou esteatose (degeneraçãoo gordurosa) é muito produtivo”.
Em estudos com animais, babuínos foram alimentados com álcool por 8 anos, sendo que foram divididos em dois grupos: um grupo recebeu Fosfatidilcolina e outro não. Após alguns anos, o grupo que não recebeu Fosfatidilcolina progrediu para uma fibrose avançada (que leva a cirrose), enquanto que o grupo que foi suplementado com Fosfatidilcolina apresentou lesões leves. Neste momento, tiraram a suplementação de Fosfatidilcolina de alguns animais, e estes logo evoluíram para cirrose. Outro estudo da revista Alcoholism: Clinical and Experimental Research, comprovou a proteção da Fosfatidilcolina nas células de fígado de rato da toxicidade induzida pelo álcool. Os autores propõem que a fosfatidilcolina reduz a morte celular através de uma redução do estresse oxidativo.
Assim, quem apresenta sintomas com a ingestão de álcool pode ficar protegido ou ter sua agressão hepática diminuída com o uso de Fosfatidilcolina.
ESTEATOSE HEPÁTICA
Atualmente vivemos uma epidemia de Esteatose Hepática (acúmulo de gordura no fígado) que pode levar até a uma Esteato-Hepatite (NASH = esteatohepatite não-alcoólica = inflamação e fibrose causada pela inflamação secundária a gordura hepática e não o álcool), sendo este tipo de hepatite uma importante causa de cirrose hepática. Sabe-se que a Esteatose é causada por muitos fatores, estando o excesso de comidas refinadas como central aspecto. Disbiose intestinal, excesso de carboidratos (principalmente a Frutose), gorduras ricas em Ômega 6 (óleos vegetais), e carência de Metionina e Colina são causas conhecidas de Esteatose. Hoje ficou comprovado que a suplementação de doses adequadas de colina ajuda a reverter a esteatose.
LESÕES HEPÁTICAS CAUSADAS POR REMÉDIOS
Outro uso importante é para recuperação de danos hepáticos induzidos por remédios. Em um estudo placebo controlado, 101 pacientes tuberculosos que sofreram danos hepáticos pelo uso de remédios para tratar tuberculose, receberam placebo ou 1350 mg de fosfatidilcolina junto com complexo B. Após 3 meses, o grupo que recebeu a fosfatidilcolina tinha diminuído significativamente os níveis das enzimas hepáticas que medem o dano no fígado.
HEPATITE B
Em um estudo controlado com 30 pessoas com hepatite crônica causada pelo vírus da Hepatite B, foram divididos em um grupo que recebeu 2300 mg de Fosfatidilcolina e o outro grupo recebeu placebo. O grupo tratado apresentou após um ano uma estabilização do quadro, enquanto que o grupo placebo piorou bastante o quadro.
Um dos problemas da Hepatite B é ser portador do vírus e podê-lo transmitir, embora não cause doença no portador. Reuniram 60 portadores do vírus (HbsAg-positivo) e dividiram em dois grupos: um grupo deram 1350 mg de Fosfatidilcolina com complexo B, e outro placebo. Após 30 dias o grupo tratado apresentou melhores resultados que o placebo, sendo que 50% destes se livram do vírus (HbsAg-negativo), comparado com 25% do grupo placebo.
Agora, se a pessoa tiver a hepatite e estiver gravemente comprometida, também pode se beneficiar. Um estudo duplo-cego com 50 pessoas, todos HbsAg-positivos e com lesões hepáticas severas documentadas com biópsias, foram separados em dois grupos: um recebeu Fosfatidilcolina e complexo B e o segundo recebeu placebo. Em 80% do grupo tratado (20 de 25) apresentou melhora importante, enquanto que só 24% do grupo placebo (6 de 25) apresentaram melhoras. A melhora clínica permaneceu um ano após o tratamento.
HEPATITE C
Em um estudo duplo cego multicêntrico, com 176 pacientes com hepatite viral crônica (B e C), foi dividido nos pacientes que recebiam só o tratamento com Interferon e nos pacientes que além do Interferon, recebiam 1,8 gramas de Fosfatidilcolina. Mais pacientes do grupo que foi associado a Fosfatidilcolina responderam ao tratamento, principalmente no subgrupo da Hepatite C. a administração de Fosfatidilcolina para a hepatite crônica at estudo melhorou a resposta ao tratamento com Interferon para Hepatite C.
BENEFÍCIOS
Os benefícios para o fígado do uso de Fosfatidilcolina são bem documentados e pouco divulgados. Muitos pacientes com problemas hepáticos podem se beneficiar desta suplementação, assim como usuários de álcool e remédios podem se prevenir com este uso.
O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE FOSFATIDILCOLINA E FÍGADO
– A fosfatidilcolina é o principal compostos das membranas celulares, e sua suplementação pode ser chamada de tratamento das membranas.
– O fígado apresenta alto metabolismo e reprodução celular, necessitando de grande quantidade de matéria prima para sua construção., e reconstrução quando lesado.
– O uso de Fosfatidilcolina mostra-se extremamente benéfico para uma série de doenças hepáticas como: hepatite alcoólica, esteatose hepática, hepatites B e C e intoxicação medicamentosa.
– Pode se usar a fosfatidilcolina de forma preventiva quando utilizar bebidas alcoólicas ou medicamentos.