A frequência das refeições faz diferença na Manutenção do Peso Corporal?

Ainda hoje é uma grande incógnita sobre a hora de comer, quantas refeições realizar e isso cria diversas dúvidas na mente das pessoas que correm para cima e para baixa sem saber o que é certo ou errado. Aliás, existe o certo ou errado nessa história?

Sabemos que nem todos podem fazer múltiplas refeições ao dia devido a correria, rotina e falta de disponibilidade de horário para realização das mesmas. Então, o mais cabível nessas situações é adaptar de acordo com sua rotina, pois é importante o planejamento ser seguido de forma realista para o indivíduo, proporcionando um plano fixo e solidificado que constantemente dificulta o seguimento do paciente no qual foi proposto pelo profissional, gerando uma difícil aceitabilidade na dieta.

Paralelo a isso, porém, aproveitando o mesmo assunto, recentemente Brad Jon Schoenfeld, Alan Albert Aragon e James W. Krieger realizaram uma meta análise em 2015, examinando estudos até 2013, relacionando frequências de refeições e composição corporal, no qual conseguiram aproveitar 15 estudos no critério de pesquisa dentre os 327 achados.

 

Resultados sobre a Frequências de Refeições

 

Os resultados dessa análise realizada sobre os estudos no qual o critério foi massa corpórea total, massa livre de gordura e massa gorda, mostraram resultados que causaram surpresa. O critério utilizado para estudar os dados foi limitar o número de refeições por grupo, no qual o primeiro 1 até 2 refeições, o segundo de 3 até 4 refeições e o último grupo de 5 ou mais refeições diárias.

Os resultados mostraram que não houve diferença entre os grupos das refeições no peso corporal total. Entretanto, o quesito massa livre de gordura e massa gorda obtiveram diferença significativa no grupo de 5 ou mais refeições comparado com os outros grupos no qual a maior frequência de refeições mostrou maior aumento na massa livre de gordura e maior diminuição na massa gorda.

Contudo, o estudo como enfatizado pelos próprios autores mostra limitações, pois a população estudada é sedentária, logo isso não pode ser aplicado para atletas. A quantidade proteica não é bem estabelecida nos estudos analisados, já que a mesma possui relevância no apetite, anabolismo proteico (muscular) e efeito térmico aumentado em sua metabolização que, por consequência, irá gerar maior gasto energético. O estudo também não comprova que a maior frequência de refeições contribui para uma maior supressão do apetite, já que os estudos são conflitantes e ambos os meios não tem diferença no controle do mesmo.

Resumindo: O estudo confirmou aquilo que já era claro, não se tem um melhor método e sim o mais adequado para cada indivíduo, aquele que tem melhor afinidade com a dieta e que mantenha o paciente por maior tempo possível em atuação do plano alimentar.

Individualidade sempre. Métodos existem vários e nenhum é verdade absoluta em sua aplicação e eficácia, respeitar a singularidade é de extrema importância para atingir o objetivo do sujeito e isso inclui perfeita sintonia do planejamento em termos práticos e teóricos. Por fim, não façam endeusamento de estratégias dietéticas, pois o adequado é subjetivo e o fanatismo por um método causa limitação em seu trabalho, cuidado!

 

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