Como Superar Conflitos com Você Mesmo

 

Para William Ury – cofundador do Programa em Negociação na Universidade de Harvard – o principal fator de maior impacto sobre nossos relacionamentos e negociações com os outros talvez seja a nossa ATITUDE BÁSICA em relaçao a nós mesmos.

Ele vai além e sugere que um dos maiores obstáculos para alcançarmos acordos bem sucedidos com os outros é pela tendência natural que temos de agir de uma maneira que não atende aos nossos interesses.

Acredito que nesse momento você deva estar se perguntando: Como assim, nossa sociedade e nós mesmos somos tão egoístas e focados em nossas necessidades, é improvável agirmos de uma maneira que seja contrária aos nossos interesses!

 

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Não quero saber de nada, só de mim!

Acontece que o impasse acontece não por sermos “bonzinhos” ou “altruístas”, mas por não termos CLAREZA a respeito dos nossos interesses.

Crescemos com a orientação de “seguirmos nossos sonhos”, “ouvirmos nosso coração”, de “correr atrás do que queremos”, mas poucos são os que efetivamente sabem o que querem e onde querem chegar (e nem vou falar sobre a dificuldade de planejar e de por em prática o plano, de maneira consistente).

 

DO AUTOJULGAMENTO PARA A AUTOCONSCIÊNCIA

 

Muito há de referência em Psicologia relacionada ao impacto que nossos pensamentos e julgamentos têm em nossas vidas. Temos Aaron Beck em seu livro Terapia Cognitiva da Depressão onde demonstrou o quanto PENSAMENTOS DISTORCIDOS e a avaliação cognitiva irrealista dos eventos tem um impacto sobre os sentimentos e comportamentos do indivíduo, temos Viktor Frank em seu livro A Busca do Homem por Sentido que nos expõe a ideia de que o homem pode encontrar sentido nas situações que vivencia e dar uma resposta emocionalmente adequada a cada uma delas. Em ambos os casos eles expressaram uma atitude mental que favorece o BEM ESTAR e o atingimento de nossos interesses mais íntimos.

 

Essa mudança de atitude começa com uma observação sincera de si mesmo, tomando nota dos pensamentos, sensações e emoções.

 

A auto-observação é a base para o domínio próprio, identificar os pensamentos, sentimentos, emoções e reações físicas a tudo isso é uma maneira infalível de mudar do estado de autojulgamento – que é punitivo e não produz melhorias significativas – para o estado de autoconsciência, lugar este que favorece a efetiva mudança de comportamento e, consequentemente, dos seus resultados.

 

 

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A auto-observação é como um músculo, quanto mais a exercitarmos, mais apurada ela fica.

 

 

DESCUBRA SUAS NECESSIDADES

A medida que observar seus pensamentos e os sentimentos provocados por eles e até mesmo, pelo comportamento que os outros tem com você, acontece algo interessante: a percepção dos pensamentos que são repetitivos e que causam insatisfação – eles geralmente são o indicativo de quais são suas reivindicações e necessidades mais profundas.

Algumas perguntas são úteis nesse movimento: Quando deparar-se com esses pensamentos repetitivos e se questionar o real motivo daquela necessidade.

 

* Quero emagrecer.

– Por que eu quero emagrecer?

– Para me sentir mais atraente

* Por que você precisa se sentir mais atraente?

– Para me sentir mais segura comigo mesmo

– Para me casar

– Para ganhar mais dinheiro

* E porque você quer casar ou ganhar mais dinheiro?

– Para ser mais feliz…

 

E a longa lista vai te levar a ter um esclarecimento sobre suas necessidades e ansiedades; isso ajudará quando for novamente confrontado com a ansiedade ou com a frustração quando não conseguir atingir seus objetivos.

Quanto mais eu me conheço e identifico as minhas necessidades e interesses, mais PODER EU TENHO SOBRE MIM MESMO. 

 

 

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Estou onde e como gostaria de estar?

 

 

Daniele Modesto

CRP: 12990/03

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