A obesidade, doença crônica caracterizada pelo excesso de gordura corporal, não atinge apenas os adultos. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, 15% das crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos estão obesas e uma em cada três está acima do peso recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Esse índice alarmante tem muitos fatores, mas o principal é em decorrência da cultura da má alimentação. “Cerca de 95% dos casos de obesidade e sobrepeso são por causas exógenas, ou seja, principalmente maus hábitos alimentares. Só 5% dos casos é que são doenças, propriamente ditas, principalmente endocrinológicas, que podem levar à obesidade. Quando se tem mau hábito alimentar, normalmente é algo que a família reforça ou tem”.
Como os hábitos alimentares são formados na infância, o que é oferecido não só pelos pais, mas também na escola, tem grande influência na criança. A consequência de uma alimentação desregrada, repleta de salgadinhos, bolachas, refrigerante, embutidos [como salsicha e salame] e alimentos gordurosos causa impacto direto na saúde. “A criança com excesso de peso tem mais risco de ser obesa na fase adulta e desenvolver diabete, hipertensão arterial e, principalmente, no futuro, de ter doença arteriovascular, que é aterosclerose”.
De acordo com o Instituto Alana [que realiza ações para combater a má alimentação infantil] e conselheira do Conselho Alimentar de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), existe um problema muito maior que envolve o consumo excessivo de produtos industrializados: a publicidade voltada ao público infantil. É comum produtos serem associados com personagens, apresentadores, desenhos animados e brinquedos, mas como as crianças estão em uma fase especial de desenvolvimento, sofrem um apelo muito maior do que os adultos, já que acreditam mais facilmente nas mensagens comerciais. “As escolhas são muito influenciadas pelas publicidades vistas na televisão, na internet, nos pontos de ônibus e de venda, que associam seu consumo à saúde, nutrição, status ou mesmo diversão e felicidade. E muitas delas são direcionadas às crianças, inclusive em lugares em que elas não estão com os pais, como dentro de escolas ou parques de diversões”.
A conselheira aponta como solução inicial o fim da publicidade para crianças e o direcionamento das mensagens aos adultos, como informações claras e verdadeiras sobre a qualidade dos produtos e os riscos à saúde. Assim, é possível fazer melhores escolhas alimentares, de forma verdadeiramente consciente.
Para quem ainda reluta em dizer ‘não’ ao filho diante de alguma guloseima não saudável, Delgado dá um conselho: “Os pais ficam muito preocupados se isso pode causar algum trauma para a criança. O que traz trauma é obesidade, o bullying feito por conta da obesidade, o apelido, o problema de saúde e não o fato de ter um lanche diferente de outro colega”.
O excesso de peso também está relacionado ao sedentarismo. Além de mudar a alimentação de toda a família, priorizando o consumo de verduras, legumes, frutas e cereais, é preciso abrir mão de algumas facilidades da vida moderna. Cada vez mais cedo, as crianças têm contato com equipamentos eletrônicos, como tablets, computadores, celulares e videogames, mas quando esse hábito toma muito tempo da rotina dos pequenos, é preciso ficar de olho. A Academia Americana de Pediatria recomenda que crianças menores de 2 anos não tenham contato com telas e as maiores acessem esse conteúdo por, no máximo, duas horas. “A preocupação é que as telas ocupem o lugar das brincadeiras que fazem com que a criança se mexa ou substituam o contato com outras pessoas, essencial para o pleno desenvolvimento cognitivo, psicológico e emocional delas”, ressalta Ekaterine. Para evitar crianças com sobrepeso só tem um jeito: manter uma alimentação saudável e o estímulo às velhas brincadeiras, como pular corda, amarelinha, pega-pega e bambolê.
Para diagnosticar possíveis desvios de padrão, os médicos fazem cálculos e utilizam as chamadas Curvas de Crescimento da OMS. O paciente tem obesidade quando está com três desvios de padrão acima da média e sobrepeso quando está entre 1 e 3 desvios de padrão acima da média.
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