Importância da Saúde Emocional da Gestante na Gravidez e no Pós-parto.

Olá Pessoal!

Nesse nosso encontro vamos abordar um tema muito importante, mas ainda pouco comentado durante a gestação, a saúde emocional da gestante. As alterações psicológicas ocorridas na gravidez podem ser tão graves ao ponto de influenciar aspectos como: hipertensão, crescimento intrauterino retardado, prematuridade complicações no parto e com o recém-nascido. Logo no 1° trimestre, a gestante vivenciará uma variação de sentimentos e emoções causadas por uma série de fatores, a preocupação com a vida profissional futura, medo de não dar conta da realidade a ser vivida, relacionamento afetivo com o marido, medo da perda da individualidade, insegurança em relação a mudança financeira, entre outros. As oscilações do humor e o aumento da sensibilidade, estão relacionadas principalmente com as mudanças hormonais e metabólicas, náuseas e enjoos são comuns nessa fase, em muitos casos esses fatores psicológicos podem intensificar esses sintomas, fazendo assim com que a gestante seja observada por seu/sua médico e pessoas que estão próximas .Assim que a mulher descobre que esta grávida é muito importante que vá a procura um centro médico, para começar seu acompanhamento, também conhecido como período pré-natal, essa fase o seu médico irá esclarecer e orientar muitas dúvidas, mês a mês, com relação a saúde psíquica da gestante é importante o médico(a):

-Reconheça se a gestante deseja ou não a gravidez, e orientá-la.

-Acolha dúvidas que surjam na gestante, quanto a sua capacidade de gerar um bebê saudável.

-Perceba a saúde psíquica da gestante.

-Estabeleça confiança e respeito mútuo, entre ele (médico) e a gestante.

-Permita a participação do pai durante as consultas, isso favorecerá um equilíbrio entre mãe, pai e o novo membro da família.

 

Parto – Esse momento é considerado um processo crítico, pois diversas características psicológicas, culturais e ambientais influenciam e interagem entre si, mulheres com características obsessivas tendem a se preocupar com técnicas de respiração, as controladas sofrem por não ter controla da situação, entre outras. Um dos temores mais comuns das gestantes é não reconhecer os sinais do trabalho de parto, levando assim muitas mulheres ir e vir para hospitais achando que chegou hora, consequentemente os níveis de estresse tendem a se elevar. Trata-se do fato de se deparar com a realidade do que era imaginável agora é real, nasce o bebê mas termina a gestação, morre a mulher para o nascimento da mãe.

Pós-parto – Podemos considerar um momento crítico de alto risco emocional, muitas mulheres adoecem emocionalmente, podemos dividir esses transtornos em 3 fases:

-1ª Fase: Disforia, que consiste em instabilidade do humor, transtorno do sono, choro fácil, baixa concentração e irritabilidade, comete 85% das mulheres, sintomas aparecem no 1° dia pós-parto e desaparecem em ate duas semanas.

-2ª Fase: Depressão, que consiste em obsessões de agressão ao bebê, dificuldade de estabelecer vínculo com o filho, irritabilidade de humor, sintomas de ansiedade, os sintomas aparecem a partir de 4 semanas pós-parto, e podem aumentar nos seis primeiros meses. Filhos de mulheres com depressão pós-parto apresentam baixa autoestima, insegurança, atraso no desenvolvimento cognitivo e emocional, essa comete cerca de 10 a 20% das mulheres.

3ª Fase: Psicose, é uma forma mais grave dos sintomas quadros acima, também tem como características inquietação, irritabilidade, comportamento desorganizado, delírios entre outros, tem inicio precoce nas 3 primeiras semanas, acomete cerca de 0,1% das mulheres.

Por isso o, atendimento multiprofissional e o cuidado à saúde integral da gestante é fundamental para o bem-estar biopsíquico-social da mulher.

 

Carolina Pilegi
CREF: 066742-G/SP
 

 

 

 

Referencias bibliográficas:

– Abordagem psicológica em obstetrícia: aspectos emocionais da gravidez, parto e puerpério; Regina Sarmento, Maria Silvia V.Setúbal;Rev. Ciênc.Med.; Campinas 12(3).261-268,jul/set.2003.

– Atividade Física na gravidez e pós-parto/Marco Antônio Borges Lopes, Marcelo Zugaib.- São Paulo: Roca,2009.

 

 

 

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