Todos nós temos aquele familiar ou amigo que acha que tomar proteína é a coisa mais louca do mundo e que vai destruir a nossa função renal, porque, um amigo de um amigo de um amigo que já tomou, lhe disse que os nossos rins não têm capacidade para processar a suplementação de proteína.
Quero dedicar este artigo a todos esses nossos conhecidos.
Este assunto tem sido muito debatido e estudado, de modo a desmistificar o suplemento mais usado no mundo.
Primeiro é preciso esclarecer que o estudos feitos não têm diferenciado atletas que fazem treinos de resistência para atletas de endurance (por exemplo, maratonistas), e que certos estudos sugerem que as necessidades proteicas de atletas de resistência é maior que a de atletas de endurance, pois, os primeiros exibem uma atividade muscular e cardiovascular que é completamente diferente dos segundos.
Independentemente disto, não se pode ignorar os benefícios da toma de suplementos proteicos em relação à recuperação, controlo de peso (efeito termogênico, saciante), ou mesmo relativamente à sua capacidade de transporte de nutrientes, às suas características antioxidantes e ao melhoramento do sistema imunitário.
De dois estudos analisados, um realizado na Bélgica e outro na Alemanha, nenhuma diferença de grande significado foi notada na função renal entre os atletas que se basearam numa dieta de alta suplementação proteica e os que se basearam numa dieta de baixa suplementação proteica.
Também não existiu nenhuma correlação entre a taxa de excremento de albumina (sendo, aqui, a albumina identificada na urina um fator de risco) e a quantidade bruta de proteína consumida, sendo que um consumo elevado de proteína (até 2.8g por quilograma de peso) não resultou em qualquer alterações na função renal dos indivíduos, incluindo o valor de creatinina existente nos rins.
Apesar destas conclusões, é de denotar que os estudos puderam ter algumas falhas nas suas concepções pois, não tomaram em conta, como disse anteriormente os grupos estudados, tendo ambos os estudos cruzado públicos (por exemplo, atletas de remo e bodybuilders), como em alguns casos se critica que os estudos não foram feitos durante tempo suficiente para se incluírem certos fatores que poderiam dar outra perspectiva sobre este tema, como hábitos pessoais diários, características fisiológicas de cada indivíduo.
Apesar de ser passível a necessidade de novos estudos, mais amplos, a verdade estudada é que dentro de certos parâmetros, o consumo de suplementos proteicos não levou a mudanças significativas na função renal dos indivíduos.
Mas no final, as quantidades consumidas vão sempre depender dos hábitos dietéticos de cada indivíduo, tal como a quantidade de exercício realizada, nunca desregrando um abundante consumo de água de modo a proteger ao máximo a sua saúde e função renal.
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