Na hora de tomar banho, de escovar os cabelos ou apenas ao passar as mãos nas mechas, é comum que um fio ou outro saia da sua cabeça. Mas e quando esses fios caem mais do que o necessário para a renovação capilar? Por ser muito comum, a queda de cabelo atinge milhões de homens e mulheres, e pode ter as mais diversas causas. Mas não se preocupe, existem tratamentos para todos os casos, que podem ser feitos até mesmo em casa, dependendo da gravidade e do tipo de queda.
Quais são as causas da queda de cabelo
“A queda de cabelo pode ter diversas causas como: doenças sistêmicas, uso de medicações e de químicas, estresse, depressão, alimentação deficitária, baixa ingestão de água. O cabelo não é separado do sistema como um todo, cabelos em ordem dependem de uma saúde equilibrada, tanto física como mental e emocional.
Como a queda de cabelo pode ser classificada
A queda de cabelo pode ser classificada em duas classes: cicatriciais e não cicatriciais, sendo a última mais recorrente.
Queda de cabelo não cicatricial
A queda de cabelo não cicatricial é aquela na qual o cabelo apenas cai. Ela não apresenta sinais inflamatórios ou atrofia dos tecidos. Esse tipo de condição pode ser causado por alguns fatores, sendo os mais comuns:
Eflúvio telógeno (que causa apenas a queda)
Alopecia androgenética (que causa falhas permanentes, como a calvície
Eflúvio telógeno
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, esta é uma condição que se caracteriza pelo aumento da queda diária dos fios, especialmente aqueles que saem no chuveiro ou quando os cabelos são penteados. Pode ser causada por vários motivos: doenças como o hipotireoidismo, quadros pós-cirúrgicos, pós-infecções, por influência de medicamentos, tabagismo e até mesmo por estresse, que causa aumentos nos níveis de cortisol no sangue e potencializam a queda de cabelo.
É importante entender que quando o cabelo cai, na verdade, ele está se preparando para cair há dois ou três meses antes de se desprender do couro cabeludo. As causas para queda de cabelo por eflúvio telógeno ainda podem incluir quadro pós-parto, febre, infecção aguda, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas e cirurgias, especialmente a bariátrica, por conta da perda de sangue e do estresse metabólico.
Alopecia androgenética
Este tipo de queda de cabelo inicia-se durante a adolescência, mas costuma ser notada a partir dos 40 ou 50 anos de idade. Apesar de ser causada por questões genéticas, alguns fatores ajudam a agravar o problema, como a menopausa e o uso de suplementação de hormônios masculinos.
“Nesta condição ocorre uma maior ativação da enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão de testosterona em DHT, e portanto, ocorre mais afinamento dos fios e consequentemente a queda de cabelo.
O tratamento pode envolver estimulantes do crescimento dos fios como o minoxidil e bloqueadores hormonais. O objetivo do tratamento é parar o processo e recuperar parte da perda.
“Muito embora se pense que a causa genética esteja ligada aos homens, não é exclusivo, pois pode ocorrer alopecia androgenética feminina também. O que difere são as formas que se apresentam”.
Queda de cabelo cicatricial
A queda de cabelo cicatricial implica na destruição permanente dos folículos e causa perda capilar irreversível. É causada em níveis primário e secundário. Ser primária significa que os folículos capilares sofreram uma reação inflamatória destrutiva, e caso for secundária, significa que o folículo não foi atacado especificamente, mas sim, que outros problemas ocorreram, como queimaduras, radiação ou tumores.
Enquanto algumas pessoas relatam apenas a queda de cabelo isoladamente nesta condição, outras afirmam experienciar sintomas paralelos à queda de cabelo como: coceira, sensibilidade, ardência, vermelhidão e até mesmo a formação de placas.
Caso seja diagnosticada em estágios iniciais, pode ser tratada com antibióticos, anti-inflamatórios ou corticosteroides. Já em fases avançadas, realiza-se também tratamento medicamentoso para estabilizar a evolução da doença. Se em um período de dois anos a queda de cabelo estiver estabilizada, é possível realizar procedimentos cirúrgicos como o implante capilar. Caso contrário, a intervenção não é recomendada.
Como é o tratamento para a queda de cabelo
Existem diferentes tratamento para a queda de cabelo e cada um deles vai depender da causa. Veja a seguir os possíveis tratamentos:
Microagulhamento
O microagulhamento é um procedimento médico, realizado pelo dermatologista, que utiliza geralmente um aparelho chamado de roller. O roller consiste em um rolo de polietileno cravejado de agulhas que variam em número, tamanho e formato.
Essas agulhas criar orifícios na região do couro cabeludo. Isso faz com que ocorra um sangramento e, com ele, a sinalização de plaquetas, que ajudam a conter o sangramento. Com essa ativação, inicia-se uma produção de fatores de crescimento e, consequentemente, um estímulo para células como os fibroblastos formarem colágeno (proteína que dá sustentação à pele) e os queratinócitos produzirem a queratina, a proteína que forma cabelo, pele e unhas.
Carboxiterapia capilar
Carboxiterapia capilar é a técnica que utiliza aplicação injetável de gás carbônico medicinal no couro cabeludo, com intuito de aumentar a irrigação sanguínea na raiz dos fios e estimular os folículos capilares.
O tratamento consiste em uma uma injeção de gás carbônico diretamente na derme, segunda camada da pele, por meio de uma agulha de insulina (extremamente fina) conectada a um cateter que está ligado a um cilindro que contém o gás. São feitos alguns furos ao longo do couro cabeludo, depois da assepsia adequada. Como o couro cabeludo é uma região muito sensível, o tratamento pode ser feito com anestesia tópica, em forma de cremes.
Fisioterapia dermatofuncional
A fisioterapia dermatofuncional é um tipo de tratamento que pode atuar tanto na prevenção quanto no tratamento para a queda de cabelo. Nela são usados cosméticos e técnicas manuais para estimular a saúde dos cabelos e do couro cabeludo. Além disso, a terapia com luz de baixa intensidade (luz vermelha/infravermelha 600 a 1.400nm de comprimento de onda) pode ser uma opção, pois existem algumas evidências de que esse tratamento estimula o crescimento do folículo.
A maioria dos tratamentos para queda de cabelos são feitos em clínicas. No entanto, podem haver exceções para os casos mais graves que necessitem de intervenção cirúrgica ou medicamentosa.
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