Quando aos 14 anos, entrei pela primeira vez em uma sala de musculação, não poderia imaginar, naquele momento, a importância que este esporte teria futuramente em minha vida.
Começando a princípio com objetivos puramente estéticos, fui percebendo ao longo do tempo que, diferentemente do que muitos pensavam não se tratava apenas de uma mera vaidade vazia.
Tratava-se de um novo estilo de vida, que não só moldava um corpo forte, mas também construía uma mente equilibrada e determinada, preparada para superar e vencer obstáculos do cotidiano.
Compreendi que a sua prática regular era a principal ferramenta de lapidação não somente do corpo físico, mas também das minhas emoções, pensamentos e atitudes. Mais do que um simples culto ao corpo, o meu esporte fortalecia também o meu espírito.
Um novo mundo se abriu para mim.
Com o passar dos anos pude atestar, que os ensinamentos diários praticados dentro de uma sala de musculação ( determinação, dedicação e disciplina) teriam aplicações práticas ainda maiores na minha vida pessoal, profissional e principalmente, nas minhas atitudes, conduta e postura diante da vida.
Os halteres, que são pesos reais e não imaginários, põem ser vistos como reproduções das dificuldades do dia-a-dia, que devem ser vencidas com equilíbrio e trabalho contínuo.
Podemos entender a sala de musculação como um laboratório de vida, onde a maneira como treinamos e o desafio crescente dos pesos representam os obstáculos e dificuldades do cotidiano.
A musculação tem a capacidade de aumentar a auto-estima e a auto-confiança e assim, amenizar as emoções pesadas, transformando-as em algo mais leve e sutil.
O aumento de vitalidade é nítido, tornando a vida muito mais realizadora, gratificante e plena.
Todo esse processo de transformação, aprimoramento e entendimento certamente não aconteceram do dia para a noite, mas sim, ao longo de anos de treinamento.
Com muita determinação, dedicação e disciplina, venho mantendo uma rotina séria de treinamento aos longo de quase 20 anos, servindo de exemplo e estímulo para homens e mulheres de todas as idades, que buscam uma melhor aparência física e qualidade de vida.
Como médica bem sucedida, não vivo da minha imagem. Existe uma grande diferença entre um fisiculturista competitivo e um fisiculturista que pratica o esporte por puro hobby.
A minha competição é comigo mesma e com meus próprios limites. Não participo de competições, mas serei sempre uma fisiculturista, por tudo o que o meu esporte me ensinou e continua a me ensinar todos os dias da minha vida.
O treinamento é um momento de olhar para mim mesma, é um momento de interiorização e concentração. Estar comigo superando os meus próprios limites é a minha forma de oração. Este silêncio interior é o que constrói o meu trabalho aqui e em tudo o que eu faço.
É a busca incansável pelo aprimoramento, tanto de corpo físico como de espírito, da capacidade de superação e realização.
Só devemos fazer aquilo que realmente enche os nossos corações de entusiasmo.
Se deixarmos isto de lado, se adiarmos o momento de viver o que sonhamos, perderemos a energia necessária para qualquer transformação importante em nossas vidas.
Busco um caminho não percorrido.
Ouso ser diferente, porque acredito nos meus sonhos.
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