O tema de hoje é pliometria, que é um método de treinamento de potência muscular muito usado por corredores com o objetivo de adquirir economia de movimento de corrida através de força e potência.
Esse método utiliza energia elástica acumulada, para impor estímulos mais rápidos. Com isso, o praticante tem um aumento considerável de potência muscular nos membros trabalhados. Hoje a pliometria é treinamento funcional em esportes como o vôlei, basquete e também MMA, pois como já foi dito anteriormente, o treinamento funcional explora não somente os músculos mas também os movimentos, este último, com maior enfoque para que a produção de movimento seja eficiente.
Segundo o professor Alexandre Evangelista, em seu livro Treinamento de Corrida de Rua – Uma Abordagem Fisiológica e Metodológica, de 2009, “o treino de potência aumenta a capacidade de o músculo suportar o estresse mecânico; aumentando a capacidade de acumular e restituir energia elástica e possivelmente aumenta a eficiência mecânica”. Portanto, pliometria é um excelente método para melhorar o desempenho de corredores e também esportistas amadores ou de qualquer que seja a atividade, mas que queiram adquirir força rápida. Só não se esqueça de ouvir um profissional com CREF antes de sair fazendo qualquer pulo por aí!
O exercício mais visto nas academias para o treinamento de potência é o de saltos pliométricos e saltos profundos onde há saltos em caixotes, steps e barreiras com inúmeras variações. Já os exercícios utilizando lançamentos de bolas pesadas (medicineball) são prescritos para o desenvolvimento da potência dos membros superiores.
Pliometria, assim como qualquer outro método exige uma progressão em relação à intensidade, que se refere à altura e velocidade de execução do salto e outros exercícios, e também volume, no que diz respeito a número de repetições e séries.
O tipo de fibras predominante neste tipo de treinamento quando feito em alta intensidade é tipo II, ou seja, fibras de contração rápida, que geram movimentos rápidos e poderosos.
O sistema energético é anaeróbio, ou seja, a energia acaba rápido. Evite muitas repetições para iniciantes.
O descanso entre as séries é muito importante para recuperar os substratros energéticos necessários para realização deste trabalho mecânico.
Mudando um pouco o foco, gostaria de complementar o tema e puxar a sardinha pros professores de educação física. A nossa força depende de aspectos neurais (unidades motoras, freqüência de disparos e eficiência mecânica) e musculares (sessão transversa, tipos de fibras). Lembrando que a unidade motora é a união entre um moto-neuronio com todas as fibras musculares que ele inerva, logo indivíduos destreinados podem não ativar um alto limiar, portanto um profissional deve progredir gradativamente para ativá-las e quanto maior o nível de excitação dos moto neurônios, mais serão recrutadas. Isso significa que motivação no treino faz a diferença, então tenha um trainer que te motive. Os resultados são muito melhores!
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