Por conta da tradição oriental, a indústria da soja conseguiu inseri-la num patamar de “alimento saudável”, sem colesterol e vem desenvolvendo um mercado consumidor cada vez mais vegetariano.
Infelizmente, ouvimos médicos e nutricionistas desinformados, ou melhor, mal informados por publicações pseudo-científicas patrocinadas e divulgadas pela indústria da soja, fornecendo conselhos, em programas de TV em rede nacional, no sentido de consumi-la na forma de leite de soja (até para bebês!), carne de soja, iogurte de soja, farinha de soja, sorvete de soja, queijo de soja, óleo de soja, lecitina de soja, proteína texturizada de soja, e a maior sensação do momento, comprimidos de isoflavonas de soja.
A divulgação, na grande mídia, destes produtos de paladar no mínimo duvidoso, como sendo saudáveis, tem resultado em uma aceitação cada vez maior dos mesmos por parte da população.
Que prejuízo, não para a indústria, é claro!
Sabe como se faz o leite de soja?
Primeiro, deixa-se de molho os grãos em uma solução alcalina, de modo a tentar neutralizar ao máximo (mas não totalmente) os inibidores da tripsina.
Depois, essa pasta passa por um aquecimento a mais de 100 graus, sob pressão.
Esse processo neutraliza grande parte (mas não a totalidade) dos anti-nutrientes, mas em troca, danifica a estrutura das proteínas, tornando-as desnaturadas, de difícil digestão.
Além disso, os fitatos remanescentes são suficientes para impedir a absorção de nutrientes essenciais.
A propósito, aquela tal solução alcalina onde a soja fica de molho é à base de n-hexano, nada mais que um solvente derivado do petróleo, cujos traços ainda podem ser encontrados no produto final, que vai para a sua mesa, e que pode gerar o aparecimento de outras substâncias cancerígenas.
Este n-hexano reduz, também, a concentração de um aminoácido importante, a cistina.
Felizmente, a cistina se encontra abundante na carne, ovos e iogurte integral – alimentos estes normalmente evitados pelos consumidores de leite de soja.
Mas como? A soja não é saudável? Não é isso que dizem os médicos e nutricionistas?
Infelizmente, a culpa não é deles, e sim do jogo de desinformação que interessa à toda a indústria alimentícia.
A alimentação, assim como a saúde, é um grande negócio.
Dois terços de todos os alimentos processados industrialmente, contém algum derivado da soja em sua composição.
É só conferir os rótulos.
A lecitina de soja atua como emulsificante.
A farinha de soja aumenta a “vida de prateleira” de uma série de produtos.
O óleo de soja é usado amplamente pela indústria de alimentos.
A indústria da soja é enorme e poderosa.
E como se fabrica a proteína de soja?
Em primeiro lugar, retira-se da soja moída o seu óleo e o seu carboidrato, através de solventes químicos e alta temperatura.
Em seguida, mistura-se uma solução alcalina para separar as fibras.
Logo após, submete-se a um processo de precipitação e separação utilizando um banho ácido.
Por último, vem um processo de neutralização através de uma solução alcalina.
Segue-se uma secagem a altas temperaturas e à redução do produto a um pó.
Este produto, altamente manipulado, possui seu valor nutricional totalmente comprometido.
As vitaminas se vão, mas os inibidores da tripsina permanecem, firmes e fortes!
Não existe nenhuma lei no mundo que obrigue os alimentos à base de soja a exibirem, nos rótulos, a quantidade de inibidores da tripsina.
Também não existe nenhuma lei padronizando as quantidades máximas deste produto.
Que conveniente!
O povo… coitado… só foi “treinado” para ficar de olho na quantidade de colesterol – esta sim, presente em todos os rótulos.
Uma substância natural e vital para o crescimento, desenvolvimento e bom funcionamento do cérebro e do organismo como um todo.
O povo nunca ouviu falar nos anti-nutrientes e inibidores da tripsina dos alimentos de soja.
A proteína texturizada de soja (proteína texturizada vegetal, carne de soja) possui um agravante: a adição de glutamato monossódico, no intuito de neutralizar o sabor Do grão e criar um sabor de carne.
O grande aumento das taxas de câncer de pâncreas e fígado na África se deve à introdução de produtos de soja naquela região.
A minha dica: Quando consumir soja, utilize apenas os derivados altamente fermentados, como o missô e o shoyu.
Mesmo assim, muita atenção para os rótulos.
Compre apenas se neles estiver escrito “Fermentação Natural”, e se NÃO contiverem produtos como glutamato monossódico e outros ingredientes artificiais.
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